De olho no mercado de trabalho, Maricá unifica curso de Desenvolvimento de Games
Com a indústria de jogos eletrônicos crescendo a cada dia, a busca por conhecimentos especializados e habilidades técnicas acompanha o ritmo. Para atender a demanda, a Prefeitura de Maricá tem oferecido, desde o primeiro semestre deste ano, qualificação profissional na área de games. A formação é por meio da Incubadora de Inovação Social em Cultura, projeto desenvolvido pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM), em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e o Instituto Brasil Social (IBS).
Neste segundo ciclo, cujas aulas começaram em 11 de setembro, uma formação diferenciada, transformando três cursos em apenas um: Desenvolvimento de Games. A mudança permite que o desenvolvedor perpasse por Blueprint, Render e Montagem, áreas que regem a programação de jogos digitais, tornando a qualificação ainda mais completa.
“A grande procura pela Incubadora aponta que a qualificação profissional no setor de games é de extrema importância. O investimento em cursos de capacitação precisa acompanhar as tendências, e a nova roupagem do curso foi certeira, com foco no mercado de trabalho”, destaca o presidente do ICTIM, Carlos Senna.
Para se ter uma ideia do sucesso da qualificação oferecida, a nova turma foi uma das mais procuradas durante o período de inscrição. Nas aulas, os desenvolvedores aprendem a utilizar o software Unreal Engine 5 e a compreender conceitos fundamentais, como programação visual, composição de cenários, iluminação, renderização, animação de personagens e integração de ativos e materiais.
Formandos do primeiro ciclo contam suas experiências
No primeiro ciclo, o eixo Game formou desenvolvedores, que, como parte do processo de imersão e de conclusão dos cursos, entregaram projetos finais. Os trabalhos foram vistos e testados durante a Mostra de Inovação Cultural e Artística de Maricá (MICA).
Ana Carolina Mendes e Roberto Viana, do curso de Montagem e Composição de Cenários, criaram, juntos, um projeto que traz suas visões de mundo.
“É um ambiente de labirintos com vários caminhos, mas só um certo. O personagem está fugindo de um país autoritário e indo se refugiar em outro mais tecnológico e aberto. Nós escolhemos o tema pois é algo muito interessante e que acontece na vida real. O cenário não é tão complexo como os casos reais, mas a ideia era trazer um pouco dessa busca de pessoas refugiadas”, conta a dupla.
Trazendo memórias da infância, o desenvolvedor Fabiano Bastos, do curso de Programação Blueprint, criou um projeto com referências no famoso player Super Mario Bros. “Tentei mostrar as mecânicas do jogo em si e a gama de coisas que se pode criar com a Unreal Engine. É um jogo de passar de fase, no qual você precisa vencer alguns obstáculos para chegar em um determinado objetivo. Apostei bastante no colorido, pois meu público-alvo é uma faixa etária de até 8 anos”, explica.
A equipe pedagógica da Incubadora conta que a escolha dos temas foi livre, e nesse processo, saíram projetos com temáticas indo de suspense até uma vila viking e outro sobre exploração arqueológica.