Delegação da Prefeitura de Maricá vai a Cuba

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Delegação da Prefeitura de Maricá vai a Cuba buscando parceria para o desenvolvimento de pesquisas

Uma delegação da Prefeitura de Maricá embarca rumo a Cuba em busca de mais conhecimento para salvar vidas de doenças como o diabetes e até mesmo alguns tipos de câncer. Os representantes estão a caminho da capital Havana, onde visitarão centros de referência no desenvolvimento de pesquisas de medicamentos.

“Cuba é um país reconhecido por seus serviços de amparo social. Maricá se inspira muito nesse modelo de sociedade onde todos tenham acesso à saúde e educação de qualidade. Nossa viagem é para fazermos intercâmbio de ideias e projetos e continuarmos no caminho de aumento da qualidade de vida em Maricá”, diz o vice-prefeito Diego Zeidan.

Compondo a delegação, membros do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM): o diretor-presidente Celso Pansera, o diretor de Administração, Orçamento e Finanças Amaury Vicente Nascimento e o chefe de gabinete Carlos Senna. A missão, segundo a autarquia, tem o objetivo de firmar um termo de cooperação técnica com Cuba.

“Nosso interesse é desenvolver quatro medicamentos que Cuba possui as patentes, através de um termo de cooperação técnica para o desenvolvimento de pesquisas. Dois deles são para tratar alguns tipos de câncer, um terceiro para diabetes e outro para artrite e reumatóide. Temos todo um suporte científico referencial nos acompanhando neste projeto”, destaca o diretor-presidente do ICTIM.

Rumo à capital cubana, a secretária municipal de Saúde, Solange Regina de Oliveira, faz coro à fala e ressalta que a visita é também para conhecer o Sistema de Saúde Básica de Cuba. “Essa experiência vai ser fundamental para conhecer as linhas de pesquisa, medicamentos, de vacinas, enfim, uma gama de possibilidades que alavanquem os tratamentos de forma inovadora, equânime e acessível para todos. Temos a expectativa de fazer intercâmbio de parceria, através da cooperação, na qual a gente possa levar para o Brasil a tecnologia e possivelmente ter contrapartidas interessantes para o país”, considera.

Ainda na delegação, o chefe do Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Amilcar Tanuri, e representantes da Fundação Estatal de Saúde de Maricá (Femar): o diretor-geral Marcelo Rosa Fernandes e a diretora de Ensino, Produção do Conhecimento e Tecnologia Claudia dos Santos Rodrigues.

Programação da viagem

Na programação da viagem, a visita ao Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB), que é uma empresa de biotecnologia cubana diferenciada que desenvolve, produz, comercializa e exporta produtos inovadores.

Outra agenda da delegação será a ida ao Centro de Imunologia Molecular (CIM), cuja missão é obter e produzir novos biofármacos para o tratamento do câncer e outras doenças crônicas não transmissíveis e apresentá-los à Saúde Pública cubana. Vale ressaltar que é considerada a empresa latino-americana e caribenha com maior impacto na sobrevivência do câncer e outras doenças crônicas não transmissíveis e com alta responsabilidade corporativa em relação à economia do país e seus stakeholders.

O grupo conhecerá também o Centro Nacional de Pesquisas Científicas (CNIC), que foi criado por Resolução Presidencial em 1º de julho de 1965, tornando-se o primeiro centro científico multidisciplinar criado pela revolução. Hoje, é uma empresa que integra o Grupo de Indústrias Biotecnológicas e Farmacêuticas (BioCubaFarma) da República de Cuba, dedicado à pesquisa científica, produção e comercialização de produtos farmacêuticos e biotecnológicos. O CNIC é, por natureza, uma das principais instituições da indústria biotecnológica cubana, com reconhecido prestígio nacional e internacional.

Por fim, a delegação visitará a BioCubaFarma, a organização cubana de Biotecnologia e Indústrias Farmacêuticas, que é uma holding que administra e coordena os esforços nacionais no setor biofarmacêutico para produzir medicamentos e equipamentos médicos e fornecer serviços de ciências da vida de alta qualidade e alto impacto econômico e social. A indústria biotecnológica e farmacêutica é uma das indústrias estratégicas de Cuba, fornecendo bens, tecnologias e serviços que atendem aos altos padrões internacionais de qualidade do setor.

A BioCubaFarma administra um grande portfólio de invenções patenteadas, com 2.438 patentes registradas fora de Cuba e mais de 2.640 pedidos de registro de patentes pendentes em todo o mundo. Este catálogo de ativos fornece a base para uma abordagem aberta e muito flexível à colaboração com parceiros externos por meio de mecanismos que vão desde acordos de colaboração em pesquisa até acordos de licenciamento e co-desenvolvimento. A BioCubaFarma também está buscando potenciais parceiros interessados em investir em ativos biofarmacêuticos cubanos por meio de financiamento de risco ou mecanismos semelhantes.

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