Através do ICTIM, parceria com BioCubaFarma prevê inovação em tratamentos de diversas doenças
A Prefeitura de Maricá, através do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM), dá continuidade às tratativas de uma parceria com a BioCubaFarma para o intercâmbio em biotecnologias na área de Saúde. Neste sábado (1/4), a autarquia reuniu-se com representantes cubanos, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Após memorando de intenções assinado com Cuba em junho de 2022, o modelo da parceria está sendo estudado. A reunião de hoje foi para elaborar uma agenda que permita a interação entre os entes.
“O nosso objetivo é trazer para Maricá o conhecimento cubano na indústria farmacêutica. No ano passado, em missão oficial, conhecemos as linhas de pesquisa, medicamentos, vacinas. Há um vasto campo de possibilidades que pode alavancar diversos tratamentos de forma inovadora”, considerou o presidente do ICTIM, Carlos Senna.
Na reunião, que ocorreu no Núcleo de Enfrentamento e Estudos de Doenças Infecciosas Emergentes e Reemergentes (Needier), o presidente da BioCubaFarma ressaltou que a parceria visa a instalação de um centro de investigação em Maricá.
“Hoje tivemos uma importante reunião com representantes de Maricá, na qual iniciamos um processo de aproximação no projeto de colaboração científica destinado sobretudo à saúde humana, em caso de vacinas terapêuticas contra o câncer e vacinas preventivas de diferentes enfermidades infecciosas. A ideia é criar um centro de investigação conjunto entre a cidade de Maricá e o setor biofarmacêutico cubano, dando início à parceria desse projeto de grande importância para a saúde tanto do povo brasileiro quanto cubano”, ressaltou o presidente do grupo BioCubaFarma, Eduardo Martínez Díaz.
Presente à reunião, o ex-ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação e atual presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Celso Pansera, comentou sobre a produção de fármacos no Brasil.
“Nosso encontro com a delegação da BioCubaFarma é o prosseguimento das tratativas iniciadas com nossa ida à Cuba em 2022, com o objetivo de produzir no Brasil fármacos eficientes e de baixo custo cubanos”, disse.
Anfitrião da reunião, o chefe de Laboratório de Biologia Molecular da UFRJ, Amílcar Tanuri, completou dizendo que o encontro “foi muito proveitoso, onde vários aspectos práticos da interação de Cuba e Maricá foram discutidos”.
Também estiveram presentes ao encontro a diretora-geral do Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB), Marta Ayala Ávila, o líder de projetos do CIGB, Jorge Berlanga Acosta, o pesquisador Ivo Bucaresky, e o coordenador da Brigada do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra em Maricá, Jean Carlo.