Produções dos desenvolvedores da Incubadora de Inovação Social em Cultura concorreram aos investimentos da Lei Paulo Gustavo
No universo do mercado audiovisual, no qual a inovação é a palavra de ordem, a conquista de oportunidades está ligada à capacitação contínua. Neste cenário, a qualificação oferecida pela Incubadora de Inovação Social em Cultura desempenha um papel fundamental para que seus desenvolvedores estejam aptos às possibilidades da indústria do cinema.
O projeto da Prefeitura de Maricá é desenvolvido pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM), em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura e o Instituto Brasil Social (IBS).
Com recursos estendidos até dezembro de 2024, a Lei Paulo Gustavo se apresenta como uma dessas possibilidades, permitindo caminhos para os fazedores de cultura executarem seus projetos. A partir do conhecimento adquirido na Incubadora, cinco desenvolvedores dos cursos do eixo Cinema concorreram aos recursos provenientes da Lei, em Maricá.
É o caso de Alan Ramos, que cursou Edição para Cinema e Vídeo. Ele inscreveu o seu curta-metragem neste edital e conquistou uma vaga de 1º suplente.
“Eu já trabalhava com animação e criação de vídeos antes de começar o curso de Edição. A Incubadora me ajudou a expandir meus conhecimentos sobre as leis do audiovisual e sobre a própria edição de vídeo. A Lei Paulo Gustavo veio durante o período em que eu estava estudando aqui e foi uma forma de aplicar o que aprendi, investindo nos meus próprios projetos”, disse o desenvolvedor.
Quem também ocupou uma posição de destaque no edital foi a desenvolvedora do curso de Roteiros para Obras Audiovisuais, Juliana Abreu, de 24 anos. Formada em Artes Cênicas, a jovem concorreu à categoria A, curta-metragem.
“Quando terminei a faculdade, conheci a Incubadora pelo Instagram e achei uma ótima oportunidade para continuar me aperfeiçoando como uma artista multi. Iniciei o curso com a Sônia, uma profissional com muita bagagem e atenciosa, que levou a minha escrita para um lugar mais criativo, técnico e profissional. Durante esse ciclo, abriu o edital para a Paulo Gustavo e eu me senti preparada e animada para pôr em prática, de forma comercial, tudo que aprendi na Incubadora”, contou a desenvolvedora.
Além do ensino com conhecimento técnico e prático, que cada desenvolvedor se conecta durante os meses de qualificação profissional, o projeto também disponibiliza atividades que permitem o suporte jurídico voltado ao mercado audiovisual.
Exemplo disso é o Sábado Legal, ação que acontece quinzenalmente e permite a promoção de rodas de conversas sobre leis e suas aplicações para a indústria do cinema.
Gabo Fernandes, desenvolvedor do curso de Roteiros para Obras Audiovisuais, frequentou os encontros e sabe que o suporte é essencial para quem faz cultura.
“O que mais me marcou foi a oportunidade de conhecer sobre legislação e procedimentos burocráticos na cultura. O fazer cultura não é fácil, mas é algo mais ‘livre’, porém, se somos só artistas ou fazedores de cultura livres, temos que buscar outros meios de existir, de se alimentar, vestir e morar. Isso faz com que a gente precise buscar trabalhos fora da nossa área. No meu olhar, o Sábado Legal é importante porque nos permite acesso ao conhecimento de editais e de elementos legislativos”, ressaltou.