Novo Instituto cuidará de ações estratégicas para desenvolvimento de Maricá

Compartilhar

O município ganha, a partir desta semana, a autarquia Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM) que irá atuar na estratégia de mudança da base econômica da cidade, preparando-a para o futuro sem royalties do petróleo.

O responsável por comandar o novo órgão é Celso Pansera, que traz em seu currículo a experiência do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação do governo Dilma Roussef, em 2015. Ele assume oficialmente o cargo nesta terça-feira, dia 7, com a presença do prefeito Fabiano Horta, em cerimônia no Paço Municipal.

Sempre atuando no ramo de tecnologia, o novo diretor-presidente também foi secretário-geral da União Nacional dos Estudantes (UNE), no Rio, coordenador de projetos revolucionários em comunidades na Baixada Fluminense, como democratização do acesso à internet, diretor e presidente da Faetec.

“Como a internet era uma coisa muito difícil, os telecentros que implementamos nas comunidades viraram uma referência para quem queria acessar a internet. Foi um projeto revolucionário, tínhamos em torno de 3 mil pessoas por dia frequentando os nossos telecentros, mais de 200 mil usuários cadastrados na baixada”, disse.

Celso explicou a criação da nova autarquia. “Uma das iniciativas que a gente propôs era de atualizar a legislação municipal criando um código de Ciência e Tecnologia. O passo seguinte então seria ter alguma estrutura que centralizasse todas as iniciativas, para que o governo tivesse uma estratégia de médio a longo prazo de mudança de matriz econômica, através da tecnologia”. O ICTIM é vinculado à Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão e foi criado para desenvolver projetos inovadores junto as demais pastas do governo.

Projetos prioritários

De acordo com Celso Pansera, em fevereiro serão apresentados ações estratégicas de curto, médio e longo prazos. “A produção orgânica é uma das coisas que podemos tocar esse ano, e no ano que vem já ter impacto econômico na cidade. Outro projeto necessário são as lagoas. Precisamos iniciar logo um processo de despoluição e transformá-las não só em pólo de turismo, mas também em um local de produção econômica”, pontuou.

“O grande desafio é preparar Maricá para o fim do pré-sal, para que ela se desenvolva agora, melhore a sua infraestrutura, gere empregos, e quando esse incentivo acabar, que a cidade continue funcionando normalmente de uma forma que satisfaça os cidadãos. A ideia é planejar e já colocar em prática a Maricá do futuro”, completou.

O novo diretor-presidente do ICTIM também comentou sobre um projeto da Secretaria de Economia Solidária que chamou a sua atenção. Trata-se de um sistema de produção de alimentos orgânicos, voltados para frutas, legumes e verduras livres de fertilizantes industrializados e agrotóxicos. A produção é totalmente natural, feita em estufa ela é de fácil controle e livre de problemas.

“A cidade vai passar não só a produzir os orgânicos, como melhorar as suas semente, para que assim a gente ganhe na venda dos legumes e também com as sementes. Para se ter uma ideia, o consumo médio de tomate na Europa por pessoa diariamente é de 30 kg, e aqui no Brasil é de 3 kg, então é um mercado que pode ser explorado”, explicou.

Pansera acrescentou que a meta desse projeto é qualificar produtores, engenheiros agrônomos, engenheiros de barco, pescadores, entre outros, para que tenham um melhor aproveitamento de suas atividades.

“Nós vamos trabalhar inovação, nós vamos pensar meio ambiente, energia limpa, reciclagem de lixo, repovoamento das lagoas. Vamos desenvolver um ecossistema de hotéis fazenda e ter um polo que pense um conjunto de ações estratégicas no meio econômico para Maricá”, concluiu.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *