Incubadora de Inovação Social em Cultura promoveu Seminário sobre formação e atuação de carnavalescos 

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O evento aconteceu no sábado, na sede do projeto, e reuniu grandes nomes da cultura do Carnaval carioca

Na manhã do último sábado (20/5), a Incubadora de Inovação Social em Cultura foi palco do Seminário “Trajetória e Profissão de um Carnavalesco”, evento realizado junto à parceira Escola de Samba Mirim Pimpolhos da Grande Rio. No encontro, a presença de profissionais do Carnaval da cidade de Maricá e também do Rio de Janeiro, com o objetivo de proporcionar um ambiente inspirador e acolhedor para trocas de conhecimento. O projeto da Prefeitura de Maricá é desenvolvido através do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM), em parceria com a Secretaria de Cultura e o Instituto Brasil Social (IBS).

Estavam presentes renomados profissionais que compartilharam suas experiências criativas sobre o universo do Carnaval, destacando a importância do reconhecimento profissional de todos os fazedores da cultura carnavalesca, sejam aderecistas, carnavalescos, sambistas e toda a cadeia envolvida na produção desde o período anterior até o pós-desfile.

A gerente geral da Incubadora, Mariana Figueiredo, deu as boas-vindas a todos, destacando o quanto o tema do Carnaval é importante para a Cultura brasileira.

“É uma honra recebê-los aqui. É uma alegria ter o Carnaval aqui com a gente. A gente entende que a indústria do Carnaval é de fundamental importância para a Cultura do país, para transformação social, como meio, sim, de se viver dignamente, de prosperar em nosso país. Por isso, a Incubadora de Inovação Social em Cultura abraça e trabalha com o eixo Carnaval”, disse Mariana.

Os participantes puderam ouvir sobre as trajetórias artísticas de André Figueiredo, atual diretor artístico da Pimpolhos Maricá, que também mediou o debate e falou sobre a relevância do Seminário.

“Hoje estamos trazendo carnavalescos de várias instâncias do Carnaval do Rio, escolas mirins, escolas de acesso, grupo especial, é legal para eles entenderem todo esse processo de criação e produção no Carnaval em várias etapas, em várias situações diferentes. É importantíssimo ter essa troca de experiência com o pessoal daqui de Maricá”, destacou André.

Winnie Nicolau, da Escola de Samba Mirim Pimpolhos da Grande Rio, primeira mulher negra a atuar como carnavalesca na Sapucaí, falou sobre ser essencial a profissionalização de todos que atuam no setor e relembrou que o Carnaval não é algo sazonal, que acontece uma vez por ano, mas, sim, uma cadeia que gira o ano todo.

“Eventos como esse, que vêm sendo oferecidos aqui dentro da Incubadora, são importantes para as pessoas entenderem a profissionalização do Carnaval, a regularização, o respeito ao profissional do setor, principalmente respeito monetário. Eu acho que a partir de ações como essa, a gente pode melhorar movimentos em cima da nossa profissão”, disse Winnie.  

O público presente acompanhou atento às partilhas sobre as trajetórias profissionais no Carnaval carioca, de Gabriel Haddad e Leonardo Augusto – carnavalescos responsáveis pelo título da Grande Rio em 2022 -, e de André Rodrigues, profissional que está à frente da Escola de Samba União de Maricá este ano.

“Cada escola de samba concentra tantos saberes, tantas vivências, tantas práticas que precisam ser debatidas, que precisam ser reverberadas. Ideias que são gestadas e divididas e dão essa dimensão cidadã das escolas de samba. É um espaço muito rico pra isso. Importante debater Carnaval para debater desde pontos específicos como o regulamento até questões muito maiores, como vivência comunitária, práticas artísticas, necessidade de construção de coletivos”, destacou o carnavalesco Leonardo Augusto.

Em sua fala, André Rodrigues destacou sua compreensão sobre o que é uma escola de samba, a sua relevância e o seu legado para a cultura brasileira:

“Dentro da nossa valorização como profissional, tive uma reunião com o prefeito Fabiano Horta e equipe e a ideia que trouxe disso foi que nós, que somos artistas, fazemos e estamos dentro do Carnaval, da escola de samba, que é um setor tão marginalizado desde sempre, a gente vai fazer de tudo por esse país. O maior espetáculo da terra com reconhecimento, principalmente reconhecimento oficial”, disse André Rodrigues.

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